Estrada na Serra do Cipó. |
Vista Canion do Travessão. |
Vista do Canion, com águas transparentes no fundo. |
Se esconder, melhor solução.
Jerônimo chegou à sua fazenda. Mal apontou no patio da
casa grande e alguns peões apareceram para saber o que houvera. O patrão saira
sem dizer nada, nem chamar ninguém para o acompanhars e estavam apreensivos com
o que poderia ter acontecido. Não deu explicações, apenas mandou todos dormirem
e ficarem atentos para qualquer coisa diferente que ouvissem ou vissem. Nenhuma
ação por conta própria. Deveriam aguardar ordens suas para tomarem qualquer
atitude. Pouco importava o que houvesse.
Entrou em casa, sentou-se e tomou um bom copo de
cachaça de sua garrafa especial guardada num canto do armário. O whisky era
bom, mas perdia longe para nossa cachaça de alambique, destilada ali nas
fazendas de modo artisanal e envelhecida nos barris. Havia os de sassafras e
várias outras madeiras que davam uma cor especial, sem falar no sabor. O ardido
da cachaça nova sumia ficando o gosto da cana, junto com um gostinho
desprendido da madeira. Enquanto bebericou sua bebida pensou longamente no
próximo passo a ser dado.
Sabia que os dois sacanas haviam dado o serviço
completo e era quase certo que, logo cedo, nas primeiras horas da manhã teria
diante da porta um par de viaturas da polícia. Viriam para prendê-lo como
mandante do atentado ao vizinho ou ao menos convidá-lo a prestar depoimento.
Analisou as diversas possibilidades que tinha de se safar da acusação e todas
as hipóteses que a mente lhe apresentava, recaiam no mesmo lugar. As palavras
dos jagunços seriam igual a duas flechas apontadas para ele. Poderia apenas
negar, mas poderia haver alguém que o tivesse visto na cidade naquela noite.
Nunca se sabe quem pode estar de espreita ou mesmo por acaso.
Vai que alguém o tinha visto e por puro acaso fica
sabendo da encrenca. Vai lá, solta o verbo no ouvido de um policial, ou então
do próprio delegado e está feita a porcaria. Depois de muito pensar, lembrou
que tinha na gaveta um cartão do advogado onde estava escrito o número do
telefone do escritório. Procurou e logo o encontrou. Guardou na carteira,
colocou algumas peças de roupa numa sacola. Um par de sapatos, botas, um
chinelo e algumas coisinhas de uso foram reunidos também. Pegou no cofre um
maço de dinheiro que sempre guardava ali para as emergências, colocou em dois
ou três lugares por medida de precaução. Passou na cozinha, comeu um pedaço de
carde defumada, duas fatias de pão com queijo e melado, depois voltou para o
carro e deu partida.
O capataz em instantes estava ao seu lado e pediu suas
orientações. Adivinhava que o patrão estava em apuros e queria saber que
providências deveriam ser tomadas em sua ausência. Em poucas palavras deu suas
ordens, dizendo apenas que precisava se ausentar por alguns dias e não era da
conta de ninguém onde estaria. Nenhuma alteração da rotina de trabalho deveria
ser feita. Fizessem de conta de que ele saíra e voltaria dali a pouco. Na hora
certa estaria de volta para cuidar de tudo.
- Suas ordens serão cumpridas, patrão. Vá com Deus.
Qui Nos’siñora le proteja.
- Cuide de tudo aí e fique de olho aberto. Não dê
bobeira.
- Pod’xa, patrão.
O carro fez um giro rápido e saiu levantando poeira
pela estrada. Pegou o caminho oposto ao de Sete Lagoas e seguiu na direção das
montanhas da Serra do Cipó. Tinha lá, cerca de 40 minutos de viagem, um antigo
companheiro de seus tempos de rapazola. Era um pouco mais velho, mas gostava de
uma arruaça. Quando cansou dessa vida, foi viver numa cabana na encosta da serra,
bem retirado de toda povoaçao. Ele certamente não lhe negaria um canto por
alguns dias. Poderiam caçar, pescar e comer um pouco de mantimentos que
lembrara de colocar no bando de três do jipe. Percorreu a distância, em tempo
menor do que normal, tão preocupado estava. Quando viu estava na picada de
acesso à cabana e enveredou por ela.
Riacho cristalino na Serra do Cipó. |
Rochas imponentes na Serra do Cipó. |
Vista panorâmica, tendo ao fundo uma cachoeira na Serra do Cipó. |
Após percorrer cerca de cem metros, lembrou de voltar
a pé e apagar os sinais de sua passagem por ali. Não tinha intenção de que o
encontrassem. Antes de sair ligara para o doutor Estevão avisando de que iria
ficar fora de circulação até a noite anterior à audiência na ação da divisa e
indenização. Iria fazer contato dentro de uns dias para saber como andava o
caso. O advogado quis saber onde poderia encontrá-lo em caso de necessidade.
Ele falou que, quanto menos gente soubesse onde estava, melhor. Deixasse por
conta dele que se garantia. Pegou de dentro de uma caixa de ferramentas uma
lantern e voltou. Observou que havia sinais dos pneus na terra mais fofa no
começo da trilha. Pegou um galho e com ele, assim como com os pés, apagou o
melhor que pode as marcas.
Levou o galho consido e foi apagando os sinas de sua
passagem até chegar no veícuo. Dificilmente alguém viria tão longe para buscar
sinais da passagem de alguém. Embarcou e seguiu até a cabana. Lá chegando, o
companheiro de outros tempos já estava à porta, tentando ver quem estava
chegando àquela hora pertubar seu sossego. A luz de uma lanterna brilhou na
escuridão, iluminando Jerônimo por alguns instantes. Quando o reconheceu, o homem
se aproximou curiosos.
- Mas que mar le pergunte, cumpanheiro! Qui é que li
trais aqui numa hora dessa? Coisa boa não deve di sê!
Desembarcou, estendeu a mão ao amigo e falou:
- Amigo Gonçalo! Estou precisado de uns dia de
discanso e lembrei de vosmecê. Desculpe o adiantado da hora, pois tive muito
trabalho na fazenda e resolve de ultima hora vir até aqui.
- Sun’ce num tá mi iscondeno nada, não é Jerome?
- Fica tranquilo, Gonçalo. Tenho la minhas pendengas,
mas nada demais. Vim só descansá mesmo.
- Vo aquentá uma água, mode coá um cadim de café pra
nois tomá inquanto tiramo dois dedo de prosa.
- Eu vou tirar minhas coisas e colcar aí dentro para
proteger do sereno.
- Si quisé colocá o jipe ali intráis daquela pedra,
ele fica fora dais vista.
- Uma boa ideia. Se algum curioso aparecer não precisa
ficar sabendo que estou aqui. Melhor assim.
Descarregou suas coisas. Depois levou o jipe para o
lugar indicado e colocou-o bem escondido. Só quem chegasse perto mesmo o veria.
O café foi coado e servido em canecas esmaltadas, já
descascadas em vários pontos. Mesmo assim, feito da forma mais rustica e do
melhor grão, torrado e moido a mão, dava um sabor inigualavel. O açucar mascavo
ajudava a realçar o gosto característico. Tomaram o café e falaram do tempo,
das caçadas de agora, estrepolias dos tempos antigos. O amigo Gonçalo não
ficara convencido da conversa de Jerônimo e tentou em vários momentos extrair
alguma informação a mais do visitante. Este, porém, sempre desviava do assunto,
não dando a entender o real motivo que o levara ali.
Por fim decidiram ir dormir. Jerônimo que ficasse com
seu segredo. Eram amigos de velha data e aos amigos era necessário estender a
mão em qualquer circunstância. Também, quanto menos soubesse do assunto, melhor
para ele. Não tinha precisão de se envolver com confusão de graça. Estava ali,
distante, justamente para viver sem problemas, que tinha ele que caçar chifre
em cabeça de cavalo? Devia muitos favores e poderia precisar de outros no
futuro ao amigo. Era hora de pagar uma parte da conta, sem fazer perguntas
demais. Dormiram e de madrugada uma forte tempestade desabou sobre aquela
região.
Ao levantar e ver o resultado da noite, Jerônimo ficou
intimamente satisfeito. A forte chuva deveria ter apagado os últimos vestígios
de sua passagem pela picada. Poderia ficar em paz até o dia que decidisse
voltar. Não poderia esquecer que a audiência estava marcada para a
segunda-feira da semana seguinte. Portanto, teria uma semana e dois dias para
ficar ali. Teriam tempo de relembrar todas as aventuras compartilhadas há
tantos anos, quando se juntara a Gonçalo e mais dois amigos, já falecidos.
Tinham tombado em um entrevero havido numa cidadezinha mais ao norte. Alias
fora depois daquele acontecido que Gonçalo decidira deixar essa vida de
aventuras e arruaças. Encontrou aquele recanto no meio da mata, na encosta da
serra e ali vivia há longos anos.
Raramente saia para comprar alguns mantimentos,
pólvora, chumbo, espoleta para a espingarda de caça, um par de botinas, umas
calças de brim. Algumas camisas, um casaquinho ou dois e pronto. Tinha lá suas
rendas que não contava a ninguém de onde vinham. Ninguém tinha por que saber
que ele encontrara um pequeno veio de diamantes numa grota e dali levava um
punhado de pedras, vendia pra um lapidador e logo sumia de vista. Seu retorno
era bem planejado, chegando a percorrer léguas de trilhas, dando voltas,
subindo e descendo, até chegar a sua morada.
Bastava alguém saber de seu segredo e não tardava
chegaria um bando de gente em busca de pedras. Estragariam o seu recanto.
Depois que ele se fosse, não se importava com o que aconteceria. Enquanto tinha
precisão de ter seu canto, nao queria saber de zoeira por perto. Andava com a
pulga coçando a orelha com essa vinda for a de hora de Jerônimo e só ficou
quieto para não bulir com vespeiro. Desconfiava até da prória sombra, quanto
mais de um amigo, cujo gênio esquentado conhecia de sobra.
Os dias passaram. Caçaram nhambus, jacutingas, tatus,
um cateto. Pescaram belos peixes nas águas límpidas de um pequeno riacho que
havia por perto, formado por várias nascentes que desciam das encostas e se
uniam perto do sopé, formando pequenos lagos e depois continuando seu curso. Em
cada um havia belos exemplares de peixes, um mais saboroso que o outro. Comeram
carne de todo tipo. Assada, frita, cozida com abóbora e outros legumes que
Gonçalo cultivava para o consume. Tinham feijão, a gordura era tirade das caças
abatidas. Não faltava nada e a vida correu suave naquela semana.
Orquídea nas rochas. |
Orquídeas na Serra do Cipó. |
No domingo seguinte, Gonçalo já estava pensando que a
estadia do amigo iria se prolonger, quando o viu aprontando suas coisas e
perguntou:
- Suncê vai imbora?
- Sim, amigo. Tenho que estar em Sete Lagoas amanhã ao
meio dia. Vou falar com o Juiz, numa audiência.
- Tá certo. Eu bem que tava desconfiado de que arguma
coisa num tava nos conforme.
- Eu não quis lhe contar, amigo, para não se
preocupar. Hoje, no comecinho da noite, vou voltar para a fazenda e ninguém
fica sabendo onde estive. Nunca vão vir aqui lhe fazer perguntas ou coisa
assim.
- Eu num sei di nada, num vi nada, nem ouvi. Sô surdo,
cego e mudo.
- Esse é o meu velho companheiro de farra. Vou lhe
trazer um belo presente, depois que passar essa fase de minha vida. Vai ver só.
Pode sentar e esperar. Talvez demore um pouco, mas na hora certa vou trazer.
- Vô faze di conta qui num ouvi.
Passaram o resto do dia conversando sobre diversos
assuntos e Gonçalo não fez mais nenhuma pergunta. O amigo não queria falar e
não seria ele que o perturbaria com perguntas for a de hora.
No princípio da noite, o jipe foi retirado do
esconderijo, conferido se estava funcionando direito e as coisas de Jerônimo
foram colocadas na parte de trás do assento. Gonçalo lhe dera um belo couro de
anta que caçara tempos atrás, tirara o couro e secara. Estava bem curtido,
pronto para servir de tapete em sua casa. Despediu-se do amigo, prometendo
voltar quando desse e partiu. Seguiu cuidadosamente pela estrada, atento a tudo
que pudesse representar algum perigo. Deu uma grande volta, de modo a chegar
como se estivesse vindo de outro lado. Alguém que estivesse de espreita, nunca
saberia de onde ele estava vindo. Não viu nada que chamasse sua atenção e
entrou no patio de sua propriedade.
Tão logo estacionou o capataz estava ao seu lado em
atitude de espera. Foi logo perguntando:
- Como tão as coisas por aqui? Tudo em paz ou houve
muito fordunço?
- Sabado di manhã cedim, chego aqui dois carro de
polícia. Tinha uns oito, cheio das armas, revolver, pistola e fuzir. Vinham pra
mode prender o patrão. O juiz tinha mandado le buscar para interrogatório.
Tinham inté um tar de mandad’e prisão contra o sinhor.
- Bem que eu imaginei que ia ser isso e me mandei na
hora certa. Mas voltaram depois, fizeram muitas pergutas?
- Mandaro chamá todos peão, empregada, as muié dos
peão. Fizerom monte di pregunta, mais ninguém sabia di nada. Qui é que ia
responde?
- Por isso eu não dei explicações. Ninguém pode dizer
o que não sabe. Eu por minha vez passei uma semana caçando e pescando. Apenas
não pergunte onde, que não conto. Segredo e daqueles que si leva pro túmulo.
- Faço questão de saber nao, patrão.
- Amanhã vamos para a audiência. Prepara os peão que
vão servir de testemunhas para sair logo de manhã. Vamos até a casa do advogado
e de lá pro forum. Não vamo dá sopa por lá não. Quando terminar a audiência, si
mandamo de volta, cada um por um caminho diferente. Quero ver eles segui todo
mundo!
- Vo ordená agora memo que todos se prepare para manhã
cedo. Não quero corre atrais di ninguém atrasado na hora de saí.
- Nem pensar. Quem se atrasar está despedido. Pode
caçar trabaio em outro lugar.
- Boa noite, patrão. Percisa de ajuda?
- Leva lá pra dentro essas coisas ai de trás do
assento. Aproveita e leva mais uns três pra fazer segurança. Não podemos saber
o que vai acontecer.
- Os home andiron percorrendo tudo essas istrada por
aí. Vimo as viatura umas par de veis passano na istrada. Vieron mais duas veis
aqui no patio ver si o patrão tinha vortado. Cada veis era uma turma deferente
de dantes.
- Eles não são facil não. Nem desistem sem mais nem
menos. Esse delegado que tem aí agora é osso duro de roer. Parece ter parte c’o
capeta.
O capataz e um outro peão, pegaram as coisas do patrão
e levaram para dentro de casa, deixando onde ele pudesse guardar cada um em seu
lugar. Não se atreveriam a mexer e guardar. Sequer sabiam se ele ficaria em
casa depois da audiência. Bem capaz de ser obrigado a se seconder outra vez
para não ser preso. Agora todos sabiam do envolvimento de Jerônimo no atentado
ao coronel Onofre. Ninguém no entanto ousaria dizer palavra. Em boca fechada
não entra mosca, diz o ditado.
A empregada estava na cozinha e preparou uma refeição
ao gosto de Jerônimo. Por ordem do mesmo, não precisava se esmerar demais.
Queria comer logo e depois deitar para dormir. Os dias na cabana, por mais
agradáveis que tivessem sido, haviam deixado marcas em suas costas. A cama de
tarimba, pouco confortável, só o deixava dormir depois de muito virar de um
lado para outro. Estava com saudades de sua cama macia e confortável.
Jantou e depois deu ordem para ser chamado cedo.
Queria estar pronto e a caminho, antes que alguém tivesse tempo de perceber sua
presença na redondeza. Daria tempo de chegar à cidade e ficar mocado no
escritório ou na casa de Estevão.
Enquanto o mandante do atentado ficava escondido, os
autores foram interrogados seguidas vezes sobre possíveis esconderijos do
comparsa. Não tinham a mais vaga idéia, mas para se livrar das longas sessões
de perguntas, sentados em posição desconfortável, com uma forte lâmpada
brilhando diante dos olhos, inventavam possíveis esconderijos. A polícia passou
a semana inteira procurando, gastando tanques e mais tanques de combustível na
busca. Todos os lugares indicados pelos dois foram encontrados e se mostraram
falsos. Ao serem confrontados com essa verdade, diziam que eles não haviam
afirmado que ele estaria lá. Poderia estar, mas não tinham nenhuma certeza
disso. Por fim o delegado desistiu. Havia notado que eles o estavam fazendo de
trouxa. Não seria brinquedo dessa gente por mais nem uma hora. Mandou suspender
as buscas por enquanto. O advogado havia garantido que, na segunda feira, o
cliente estaria presente na audiência.
Tudo estava preparado para efetuarem a prisão no
momento em que a audiência terminasse. O próprio juiz sabia do esquema de
prisão, uma vez que for a ele que indeferira o habeas corpus dos dois presos e
expedira o mandado de prisão contra o mandante. A hora do malfeitor chegaria no
momento oportuno.
Na segunda bem cedo, quem esteve na estrada para Sete
Lagoas, pode perceber um comboio de vários jipes e caminhonetes lotados de
homens da fazenda de Jerônimo. Pareciam ir para alguma festa ou comemoração.
Estavam vestidos, não para o trabalho, mas sim para uma visita à cidade.
Um pouco mais tarde foi a vez de um novo comboio, um
pouco menor, mas também cheio de homens da fazenda do coronel Onofre. Este
seguia com a filha e a esposa, em seu carro de passeio. A filha havia obtdido
algum tempo antes sua habilitação de motorista e dirigia, uma vez que o pai
estava com a perna ainda enfaixada devido ao ferimento sofrido. Chegaram à
porta do escritório da Advogados Associados de Sete Lagoas. Os que serviriam de
testemunhas entraram na sala de espera junto com o coronel e a família. Os
demais ficaram sentados nos carros ou na calaçada em frente. Estavam sempre
atentos a qualquer movimento suspeito.
Às onze horas o grupo inteiro foi para um restaurante
para almoçare, ocupando várias mesas. Era preciso almoçar antes, pois a
audiência estava marcada para as 13 h 15 min. O juiz não detestava atrasos. Um
descuido poderia por todo um trabalho primoroso a perder. Faziam questão de
chegar na hora estipulada. Preferível era esperar alguns minutos que chegar um
sequer depois da hora. Terminado o almoço, todos sairam para os veículos,
retornaram ao escritório. Quando deu 12 h 45min. embarcaram nos veículos e
seguiram para o forum. Na frente ia o automóvel de José Silvério. Os ganhos no
escritório haviam permitido adquirir um 0 km, financiado em 24 meses.
Pontualmente às 13 h estavam todos os envolvidos, na
sala de espera. Os demais empregados ficaram nos carros, sem deixarem de
prestart atenção em qualquer movimento suspeito. Traziam armas, mas não estavam
à vista, para não levantar suspeitas ou acusação de porte ilegal.
Menos de cinco minutos
depois chegou o comboio trazendo por sua vez Jerônimo e seu séquito. O Dr.
Estevão, havia vindo um pouco na frente, mas entraram juntos. Estavam ali os
dois grupos de empregados, separados por coisa de 20 m. Alguns agentes de polícia
haviam sido destacados com esse intúito. Manter a ordem ali no forum, uma vez
que facilmente alguma provocação causaria um tumult e não se saberia em que
iria terminar.
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